quarta-feira, 2 de março de 2011

O dia em que o teu coração parou...

No dia em que o teu coração parou deixou o meu em stand by, em ritmo lento, adormecido. Levaste parte de mim, levaste o legado do riso e do sorriso. Deixaste a saudade, a fragilidade do passo inseguro que caminha sem ver a luz, lá ao fundo

Fiquei sem o cheiro, sem o colo, sem o abraço, sem o olhar cúmplice que valia por todas as mil palavras trocadas. Fizeste batota ao aparecer-me em sonhos. Não vale. Assim, não vale, não é justo. Quero sentir-te, tocar-te, caminhar ao teu lado, enquanto me contas as histórias e segredos da montanha, as lendas dos lobos e da floresta, ao som das pancadas do bombo da festa, enquanto me sentas ao colo e brincas com as minhas longas tranças e me chamas de teu tesouro maior...

Agora, que já fiz as pazes com a tua ausência física, o meu coração bate mais forte quando se lembra de ti e ri-se à gargalhada quando recorda todas as aventuras que vivemos juntos.

No dia em que o teu coração parou começamos a viver uma outra história: a das nossas eternas memórias!

P.S. Ao meu avô Manel, com um "brilhozinho nos olhos"!


Paula Machado

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